sábado, 26 de dezembro de 2009

Natural.


Muita coisa já mudou; mais certas coisas eu ainda preservo.
Simples como o sono depois do almoço que eu nunca durmu.
Complicada como querer usar um sapato n° 36, sendo que o meu é 37.
Oculta como um caramujo que não sai pra ver o sol.
Infantil como criança que não sabe se quer ser o herói ou o bandido.
Natural como a vida no seu fluxo nada normal.

Meu lado; meu outro lado.

Há tempos também eu não via seu rosto sujo de barba.
Você chegou feito um temporal que eu quase nem percebi; me deu um beijo no rosto e foi buscar sua namorada...
Engraçado isso né; nós sempre queremos mais, nunca o que temos é suficiente...
Será que eu bastaria pra você?
Não sei se quero ariscar em ser o seu absoluto; quem saiba eu quera ser apenas mais um nada na sua vida.
Foi bom ver sua barba feita.

Meu lado azul da vida.

Há quanto tempo eu não via aqueles olhos azuis do paraíso...
Ele me trás recordações de um tempo que ainda era bom; e será que esse tempo volta...
Não sei acho que não; ele até volta mais com sintonia diferente.
Nós não temos presente, só temos um a lembrança do outro e isso basta pra nos manter vivos.
Ele queria algo do qual eu neguei só por aquele dia; quem sabe.
Foi bom, muito bom ver os olhos azuis novamente.